Edgar Allan Poe, from a letter to Mrs. Maria Clemm, July 1849
# ʚ♡ɞ STARTER para @zeusraynar em chalé de zeus .
Não lembrava da última vez que tinha estado ali. Nunca foi muito próxima dos filhos de Zeus, exceto, é claro, aquele que estava procurando. Ainda assim, era estranho entrar pela porta que tanto conhecia, quase como se estivesse voltando no tempo, naquele pequeno momento que tinha sido um alívio da pressão que tinha sentido no peito. O momento que estava, no entanto, era muito diferente. Anastasia andava mancando, a perna ainda tendo algumas dificuldades de se movimentar como deveria, assim como o braço que permanecia enfaixado. Com a cura acelerada, todos aqueles ferimentos já eram para terem virado passado, mas era complicado lidar com eles. Quando bateu na porta do quarto alheio, não esperou sequer uma recepção antes de abri-la sem nenhum pudor. Mesmo estando completamente ferrada, Anastasia continuava sendo Anastasia, então não esperaria para conseguir o que desejava. Ficou parada na porta, sem saber muito bem como reagir quando os olhos azuis encontraram os dele. "Eles me contaram o que você fez." A voz saiu mais baixa do que estava acostumada, mas não queria esforçar-se muito para que fosse necessário movimentar mais os lábios. A bochecha permanecia com aquele corte gigante e, mesmo sabendo que era sem esperança, não queria ter uma cicatriz, por mais imperceptível que poderia ser. "Obrigada por não me deixar sangrando até a morte."
ʚ com @aguillar .
ʚ em observatório astronômico .
Fazia algum tempo que Anastasia estava tendo dificuldades em dormir. Parecia muito mais amigável permanecer acordada do que receber os pesadelos que tinham a abandonado anos atrás, mas que agora retornavam mais fortes do que nunca. Antigamente, tinha a desculpa que era uma criança tola que não sabia como controlar os pensamentos negativos, o que impactava na qualidade do sono. Agora, no entanto, simplesmente escolhia não fechar os olhos e ser perturbada, o que não era uma decisão muito sábia, já que ficava cansada frequentemente. O observatório, assim, foi um refúgio para que pudesse se esconder de todos durante o período noturno, não precisando fingir que tinha acordado para tomar apenas um copo de água ou andar um pouco. "Deuses, que susto, Santi." A mão foi ao peito, tentando acalmar o coração excessivamente acelerado pela presença alheia. Puxou o robe mais perto do corpo, arrumando-o para que não se tornasse tão reveladora a roupa que utilizava por baixo. Não esperava encontrar alguém aquele horário e, principalmente, não no observatório. "Não está conseguindo dormir também?" A pergunta saiu em um misto de curiosidade e preocupação. Mesmo que ela mesma estivesse tendo algumas dificuldades, preocupava-se mais com ele do que consigo mesma, já que havia tido aquela dificuldade anos atrás, quando chegou no Acampamento Meio-Sangue. Não era algo incomum para Anastasia. A amizade de anos que compartilhavam, além das diferentes dinâmicas que tiveram, permitiu que se aproximasse alguns passos do outro, a fim de vê-lo melhor. Como estavam em um ambiente pouco iluminado, dificultava para que pudesse avaliá-lo um pouco melhor, mesmo que sentisse a mente dele incitando a própria a avaliá-la mais.
ʚ com @sonofthelightning .
ʚ em chalé de afrodite .
Os olhos reviraram, olhando para o trabalho feito pelo filho de Zeus, que não estava em nada com o que ela tinha mostrado para ele. Talvez geladeiras realmente não fossem boas com trabalhos manuais. "Você nunca me escuta." A frustração saiu facilmente de Anastasia, que estava tentando ensinar Ian a fazer cartões decorativos para presentes. Mesmo que não fosse a melhor naquilo, tinha orgulho de como sempre pareciam mais caros e chiques do que realmente eram, principalmente devido ao esforço que colocava em cada um. Na frente dos dois, havia várias opções de cores de papel, assim como inúmeras fitas que continham um pouco de glitter. Na opinião da filha de Afrodite, frufrus nunca eram demais. "Vamos lá. Você precisa escrever algo diretamente do seu coração no cartão e, quem sabe, colocar um pouco de brilho para deixar mais bonitinho." As mãos pegaram um cartão em formato de coração, vermelho, e com leves brilhos dourados, os olhos arregalando em direção ao semideus, desejando provar um ponto. Escreveu um simples 'gosto muito de você' em letras cursivas e, então, mostrou para ele o resultado final. "Esse é um conhecimento que você precisará ter eventualmente, ok? Vai que você encontra mais uma namoradinha ou namoradinho que, por alguma benção que garanta muita paciência, vai aguentar sua personalidade terrível."
"Bem, era mais fácil ser qualquer um de nós, para ser sincera." As palavras eram honestas, uma vez que Maxime era talvez o melhor dentre deles ali e era o motivo de ter sido eleito o conselheiro. Mesmo que tivesse almejado o cargo, sabia que poderia tomar decisões bem duvidosas, principalmente sendo alguém movida excessivamente pela emoção. Não pensava antes de realizar muitas das ações do dia-a-dia, um dos motivos também de realizar frequentemente oferendas para Atena. Talvez em algum momento a deusa colocasse um pouco de juízo em sua cabeça e ela começasse a ter uma linha moral mais clara. Pensava racionalmente em situações importantes, é claro, mas nas ações do dia-a-dia ainda era movida por uma régua duvidosa. "Eu lembro." A voz continha um tom penoso e incrédulo. Era incapaz de acreditar que o irmão tinha feito algo assim. Era impossível. Sentou-se na cadeira com os olhos no chão, presa nos próprios sentimentos. Estava atordoada demais, sem saber o que pensar. Era uma enxurrada de possibilidades que invadiam e a filha de Afrodite não sabia no que acreditar mais. "Deveríamos falar com ele." Ainda sim, não conseguia pensar em um motivo plausível sequer. O irmão não machucaria ela de maneira proposital, como tinha acontecido no baile de Afrodite. Os ataques das pelúcias ainda eram um borrão, mas lembrava-se da dor que sentiu. Maxime não tentaria matá-la propositalmente, teria? "Deve ter alguma explicação... Ele não faria isso sem motivo. Eu sei que não. Ele é nosso irmão, deve ter sido um erro."
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Entrar no chalé depois do que tinha acontecido, agora sob olhares bastante acusatórios, não era mais tão gostoso como antes. O filho de Afrodite ficou algum tempo parado no meio do caminho, olhando os cômodos até encontrar a porta do quarto de seu irmão, porque continuaria sendo dele. Christopher havia aceito o cargo porque não tinha outra escolha, mas era impossível não olhar para aquele lado e não sentir a sensação estranha de estar tomando um lugar que não era dele.
Quando ouviu a porta de entrada, virou-se rapidamente, conseguindo ver a figura de Anastasia, suspirando enquanto se sentava em uma cadeira não muito longe dali. "Que loucura, não acha? Era mais fácil ser eu..." Riu, incrédulo, antes de apoiar a cabeça na palma da mão, o olho agora focado em um ponto qualquer do chão. "Lembra quando o Maxie me pediu aos berros pra me livrar de uma aranha que tava no quarto dele? É desse cara que estamos falando, Nasty, de alguém que é incapaz de matar um inseto"
"Se você diz, mas sabe como são rancorosos." Não que se importasse se a outra acabasse tendo uma maldição, de qualquer forma. Acreditava que Katrina sabia o que fazia, então não se intrometeria ainda mais naquela situação. O tom da outra fez com que um sorriso aparecesse nos lábios dela, compreendendo um pouco mais a situação. "E você não deveria ameaçar as pessoas publicamente se não quer que os outros se intrometam. Pode ser um pouco mais inteligente e mais discreta." Não que estivesse sendo rude porque queria, mas não aceitaria sermão de quem não se importava verdadeiramente a ponto de estar disposta a escutar qualquer crítica. Ainda sim, aproximou-se alguns passos, querendo dar uma olhada no objeto que Katrina carregava com ela. Os olhos vislumbraram levemente. "Quer testar em mim?" A voz saiu com leveza, voltando o olhar para o rosto da semideusa.
a voz da filha de afrodite a surpreendeu, assim como, o garoto que estava tentando convencer, a ponto do garoto correr na direção oposta e katrina hesitar em buscá-lo; isso porque tudo acontecia muito mais em prol de livar-se do tédio, do que realmente uma necessidade. ، os deuses estão ocupados demais para se apegarem a algo como isso. dera de ombros, deixando claro que não se importava. normalmente, não mexia com os filhos dos três grandes, mas eram tempos complicados, sabia que os deuses quase não estavam os ouvindo, e se algo a acontecesse, certamente, seria melhor do que o inferno que estava no acampamento. ، não tinha a intenção de usar o anel nele, não há nada que eu queira. estava só tentando me divertir. disse em sinceridade, uma que normalmente, não utilizaria com outrem. ، e você não deveria se intrometer na conversa alheia, é falta de educação.
"Posso facilmente te ajudar com isso, afinal, dor é uma emoção." Em um segundo, estava encarando os orbes escuros alheios, que causavam tanta fascinação nela, e, no outro, estava desbravando a mente alheia, algo que nunca tinha feito anteriormente. Cada conexão se formava de uma maneira diferente, uma vez que todas as mentes eram únicas. Precisou de um momento para identificar onde estava e como a Rem funcionava. Assim como o poder que possuía, sentia-se como se estivesse envolta em sombras e escuridão, algo que a lembrava levemente a de Kitty, mas sem a parte da mente querer a devorar, é claro. Era quase reconfortante, como a noite que a envolvia e a deixava sozinha. Assim que chegou o lado que conseguia sentir as emoções alheias, foi quando tirou aquela parte que entendia a dor e a colocava como principal. Não tirou completamente, uma vez que não era para ele estranhar tanto a resposta súbita do corpo, mas aliviou o suficiente para que provasse o ponto que desejava. Um pequeno sorriso apareceu nos lábios dela, tentando não pensar como era boa a sensação de poder finalmente utilizar o poder depois de tanto tempo. Ocasionalmente, ficava cansada de apenas ficar lendo e lendo, sem nunca poder mudar o que estava vendo nas mentes alheias. Sabia que a maioria das pessoas não apreciava ter os sentimentos adulterados, mesmo que um ou outro tivesse a buscado anteriormente para que se livrassem daqueles mais intensos.
"Vê?" Piscou em direção a ele, a arrogância levemente presente no sorriso que dava em direção ao semideus. Entrar na mente dele sequer era uma dificuldade para ela, ainda mais agora que tinha compreendido a essência alheia. "Claro que tenho um plano, não sou uma tola suicida." Aproximou-se mais alguns centímetros, permitindo que a mão fosse para a lateral do rosto alheio. Anastasia continha aquele brilho no olhar que costumava aparecer quando estava empunhando uma espada. Estava determinada a convencê-lo a fazer o que desejava e não mediria esforços para conseguir. "Mas para ele funcionar, preciso de alguém que preencha meus pontos fracos. Mesmo que eu seja incrível com a espada e com o chicote e agora com a pistola, não sou forte fisicamente e você é o nosso incrível instrutor de combate corpo a corpo." A explicação saiu com um leve tom jocoso que continha um pouco do que estava planejando. Mesmo que gostasse muito de Rem, mais do que outras pessoas, não era burra o suficiente para convidá-lo sem ter a certeza do que ansiava. Além disso, eles combinavam na hora do combate. Já tinham provado isso mais de uma vez, então, para ela, fazia sentido que desejasse que fosse com ele ao Submundo. "Nós podemos ser um grande time... Assim que você estiver 100%, se você preferir. Não sou ansiosa, posso facilmente esperar."
Não se sentia tão otimista quanto queria fazer parecer. Na realidade, tinha por intenção apenas confortar Nastya, pois era impossível saber, com certeza, se as coisas ficariam bem. Era difícil ser otimista, também, quando um amargor preenchia seu âmago, fazendo com que quisesse desistir de tudo aquilo. Naquele dia, por exemplo, tinha praticamente se arrastado até a arena de treinamento, forçando-se mais do que deveria, como se impusesse ao corpo que ele funcionaria exatamente da mesma maneira que vinha funcionando até o fechamento da fenda. Por óbvio, em razão do pouco tempo de recuperação e recente colocação, ainda não tinha se habituado à prótese desenhada pelos filhos de Hefesto, estranhando o corpo que se acoplava ao lugar onde costumava estar sua perna. Mas ele não era o pior ali. Melis estava no Submundo e podia não sair de lá. O luto que experimentava suplantava qualquer autopiedade que estivesse sentindo.
Ele tinha deixado Anastasia fazer movimentos com a própria espada, apenas dando indicações de golpes – era o máximo que conseguia fazer, descobriu assim que tentou deixar a bengala que vinha usando como apoio e empunhar, também, uma espada. Que raios de instrutor de combate corpo a corpo seria se não podia nem mesmo com o peso do próprio corpo? Remzi não queria admitir à filha de Afrodite o quão decepcionado estava com a situação, porque era perceptível que Nastya estava tão exausta quanto ele. Não entendia como a situação com Melis poderia ser culpa dela, por isso franziu o cenho em estranhamento. ‘ Está exagerando, canim. Foi você quem abriu aquela fenda? ’ se tinham alguém a quem culpar, que fosse Hécate e Hades. Havia certo ressentimento em relação aos semideuses que tinham auxiliado no processo, mas só porque ele seguidamente se lembrava que era a magia de Héktor que havia invocado Campe. Contudo, quando a Lee disse que estava indo atrás da amiga, o Bakirci não pode deixar de arregalar os olhos enquanto a encarava. Será que ela sabia que era o que ele vinha planejando desde que abriu os olhos e soube da notícia? Ou, ao menos, até perceber que não poderia. Riso ácido escapou de seus lábios ao ouvir o convite, apenas para que ele o deixasse morrer em seguida. ‘ Acha que vou ser de alguma utilidade numa missão como essa? Desse jeito? ’ elevou as sobrancelhas, deixando escapar um pouco de sua frustração, seguida de um suspiro longo e o atravessar dos dedos no cabelo, enquanto pensava melhor a respeito. ‘ Você ao menos tem um plano em mente? Como pretende chegar lá? ’
A ansiedade e excitação de Melis eram quase palpáveis, e Anastasia sentiu a mesma empolgação ao ver a amiga tão animada. Ela podia entender bem a atração pelos dracmas, uma vez que ainda desejava um pouco mais. Quando Melis sugeriu bater na porta, Anastasia riu suavemente. "Sim, acho que seria uma abordagem educada." Seu tom foi cheio de brincadeira e compreensão. "Fantasmas, ou quem quer que esteja aqui dentro, certamente apreciariam um aviso prévio. Eu gostaria." Deu de ombros, já que era uma verdade. Tecnicamente, estavam invadindo onde outros moravam. Enquanto Melis dava uma leve batidinha na porta e aguardava, Anastasia deu uma olhada rápida ao redor, mantendo a postura relaxada, mas atenta. O silêncio que se seguiu apenas reforçou a expectativa no ar. Permitiu que um sorriso encorajador tomasse conta dos lábios. "Eu só espero que não tenha algum jump scare. Odeio tomar sustos." Não considerava-se uma entusiasta de filmes de terror, gostando mais de comédias românticas. Sempre fechava os olhos nas partes assustadoras, mesmo que negasse veemente e acabasse irritando-se com quem sequer a chamasse de medrosa. "Vamos lá." Com um último olhar cúmplice para Melis, Anastasia empurrou a porta lentamente, pronta para seguir a amiga na descoberta. Os olhos vislumbraram automaticamente o ouro que tinha por trás e ela viu que realmente era verdade o que tinham comentado. "Deuses, será que podemos pegar o quanto quisermos?"
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Após alguns sustos e gritos altos de Melis durante o processo de caminhada até a Sala do Tesouro, finalmente ela e Anastasia estavam em frente à porta da mesma. O coração de Melis palpitava de excitação e ela abriu um sorriso largo para sua amiga. Esteve muito curiosa para entrar ali, desde que ouviu outros semideuses comentando sobre os dracmas encontrados. Ela também queria alguns, oras essa! "Eai, será que a gente bate antes?" A turca perguntou para a Nastya, encolhendo os ombros, como se estivesse tímida de incomodar quem é que estivesse ali dentro cuidando do tesouro, mas a curiosidade ainda a mantinha com o rosto bem rente à porta. "Acho que seria o educado a se fazer, não é? Estamos chegando assim sem avisar... Fantasmas também tem sentimentos." Então, deu uma leve batidinha na porta e aguardou para saber se escutaria alguma coisa. “Acho que não tem ninguém.” Desviou um novo olhar atento para a amiga. "Vamos, então?"
"Na verdade, não. Estou realizando a prevenção de crise. Não sabe como foi da última vez." Ainda lembra-se de como teve que aliviar os sentimentos de Joseph para que o fardo tornasse um pouco mais suportável. Geralmente, não acatava pedidos como aqueles, mas lembrava-se de sentir e concordar em ajudá-lo naquele momento diferente. É claro que Yasemin não sabia, uma vez que ela tinha sido a causadora daquela dor. Não julgava ela, já que tinha feito o que considerava certo naquela época; até mesmo a admirava, uma vez que tinha que ter determinação para insistir em suas escolhas, independente do que fossem. Anastasia, de qualquer forma, era uma pessoa protetora, o que também traduzia na amizade com Joseph. "Mas se você realmente acredita que é só curiosidade, mesmo que sim, tenha uma parte disso, você não me conhece para achar que eu viria encher o seu saco ao invés do dele diretamente e, também, não conhece Joseph o suficiente para achar que ele faria amizade com alguém que se importa somente com fofoca e não o bem-estar dele." Não estava irritada, na verdade, mesmo que as frases pudessem soar dessa forma. Colheria as migalhas caso aquela relação deles desse errado, mas esperava não precisar fazer aquilo. Tomou mais um gole de água, sentindo-se mais sóbria depois de vários drinks. Descansar e comer um pouco realmente faziam milagres. "Vocês deveriam se divertir, nunca sabemos o que pode acontecer ultimamente." Mas não pensaria nisso, de qualquer forma. Se algo acontecesse, sobraria para a Anastasia do futuro (dali dois dias, já que no próximo estaria de ressaca). "E você também parece melhor. Está linda, inclusive."
Yasemin passou por situações questionáveis ao longo do dia. De maneira literal já que o tempo todo os amigos tentaram criar um clima romântico entre eles, isso quando alguém não chegava questionando a natureza da relação deles. Ela meio que perdeu as contas de quantas vezes isso aconteceu num único dia. Ela pegou sua taça de vinho e a virou de uma vez quando ouviu aquela pergunta e todas as outras que vieram em seguida, segurando a garrafa de vinho de um autômato que passava e colocava em sua mesa, enchendo a taça novamente. ❝ ― Vem cá... Não acha que está sendo intrometida demais não? ❞ — Questionou de maneira sincera e direta, finalmente pousando seus olhos em Anastasia.
❝ ― É complicado. ❞ — Yasemin por fim acabou falando, soltando um longo suspiro enquanto abaixava a cabeça para seu prato, pegando um pedaço de Kebab, algo que remetia a sua terra natal e levando a boca. A ruiva fitou seu par ao longe enquanto mastigava, pensando exatamente no que falar para a semideusa ao seu lado. ❝ ― De qualquer forma, está tudo bem. Estamos nos divertindo hoje depois de semanas e mais semanas sofrendo no acampamento. ❞
O esbarrão, que veio do nada, fez com que ficasse subitamente confusa. Mesmo que tenha pressentido alguém se aproximando de maneira esquisita, Anastasia não teve muito tempo para reagir, desviando o suficiente para que não caísse. Demorou cerca de dois segundos para processar quem era e, ao fazê-lo, não soube muito bem o que falar. A situação entre as duas não estava das melhores, mesmo que antigamente costumavam ser inseparáveis. É claro que, ao longo dos anos, houve um estranhamento da filha de Afrodite com alguns amigos que nutria, ainda mais em decorrência do último rompimento. Olhava para eles como se não soubesse quem realmente gostava dela, não sabendo o que era verdade. Será que tinha implantado tudo aquilo inconscientemente? Não sabia ao certo ainda. "Certo." Desviou os olhos, a fala saindo esquisita. "Você se machucou?" Havia um leve tom de preocupação na voz, mesmo que fosse mais imperceptível, sendo mascarado pela uma grossa camada de indiferença.
˛ ⠀ ⠀ ♡ ⠀ ⠀𝒄𝒍𝒐𝒔𝒆𝒅 𝒔𝒕𝒂𝒓𝒕𝒆𝒓 𝒘. @ncstya ;
o quanto valia a pena ser instrutora? claro que gostava dos recém chegados, eram ótimos e tinham uma sede por conhecimento que até podia ser descrita como invejável. o problema era quando as coisas saiam do controle, com adolescentes cansados e assustados com o que estava acontecendo. controlá-los era mais difícil do que encarar uma hidra. como se não estivesse cansada o suficiente, sua turma sugava o restante da sua energia. consequentemente, tornava-se mais distraída, ao ponto de tropeçar em uma raiz de árvore e esbarrar em alguém a sua frente enquanto entrava na área dos chalés. ⠀⠀"⠀⠀pelos deuses, mil desculp...⠀⠀"⠀⠀parou assim que viu a figura em sua frente. anastasia parecia bem, na medida do possível, se é que tinha como. limpou a mão na calça, com a expressão neutra.⠀⠀"⠀⠀foi mal, eu 'tava distraída com outras coisas.⠀⠀"⠀⠀