I'm Currently In An H50 Rabbit Hole, So Here Is My Thought About McDanno. Danny Never Panics About His

I'm currently in an H50 rabbit hole, so here is my thought about McDanno. Danny never panics about his sexuality it doesn't matter whether identified as queer before meeting Steve or not, he just goes "Huh ok" maybe an additional "Fuck" because it's Steve but that's it. Steve, on the other hand, always panics. He's just a panicked gay.

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1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XVII

Oii, como vai? Mais um capítulo e tão rapido? Estou aproveitando enquanto o burnout não vem! Espero que vocês gostem.

Nesse capítulo não tenho muitos avisos. Considerem esse capítulo parte do anterior, ok?

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI

Nico admitia que ter conversado com Percy tinha tornado as coisas mais fáceis. Sinceramente? Ele não se importava, pensava que não mudaria muito se ele dissesse o que pensava ou não. Nico estava enganado, é claro, embora somente tenha feito tudo aquilo porque via como esses segredos incomodavam Percy. Não eram segredos exatamente, eram… algumas coisas pequenas que o faziam sentir vergonha ou que ele pensava não serem importantes. No fim, Percy estava certo. Era o melhor sentimento do mundo, saber que Percy se importava tanto com o que ele pensava e sentia, a ponto de insistir tanto e o forçar a ver que ele era importante, mesmo que fosse para uma única pessoa; ele não era mais invisível e o que ele pensava era valido.

Quer dizer, Nico sabia o que tinha acontecido com ele. Tinha plena consciência que seu pai tinha o abandonado muito antes de sua mãe morrer, mas deixar uma criança sozinha sob os cuidados da irmã mais velha que mal podia cuidar de si mesma? Ele nunca culparia Bianca e muito menos Percy que tinha o recebido de braços abertos quando o garoto não tinha obrigação nenhuma. Nico nem conseguia imaginar onde estaria hoje se não fosse por Percy que mesmo um pouquinho rebelde e controlador, era gentil e preocupado, muito mais afetuoso do que a imagem que Percy passava para o resto do mundo, o menino marrento e um tanto violento que escondia dentro do peito a vontade de amar e ser amado, não pelo o que ele tinha e sim pelo que ele era. E disso, Nico entendia perfeitamente bem. Quando as pessoas a seu redor descobriram que ele era rico, o estrago já estava feito; algumas pessoas passaram a evitá-lo e outras a bajulá-lo, mas não Percy, Percy sempre o foi mesma pessoa protetora e afetuosa, sempre lhe oferecendo um sorriso e disposto a compartilhar tudo o que tivesse com Nico; sua casa, seu dinheiro e até sua família.

Era por isso que naquele momento, quando Percy disse que sua opinião importava, ele acreditou. E quando Percy pediu para ele ser sincero, Nico fez o máximo que pôde. Sabia que podia ter inventado alguma coisa ou fingido que nada estava acontecendo, vendo que Percy estava quase desistindo e se dando por vencido, por que nisso? Eles eram iguais; era melhor ter algo quebrado do que não ter, certo? Nico não tinha mais certeza, tudo o que sabia era que ele estava exatamente onde deveria estar, no lado de fora da casa deitado numa espreguiçadeira com um livro na mão, vendo a família Jackson se divertir. Percy nadava, Sally grelhava legumes e carnes na churrasqueira elétrica e Grover e Tyson estavam sentados na grama, fazendo o que eles faziam de melhor, organizavam os próximos eventos do restaurante e decidiam o design do cardápio para o próximo mês. Nico até podia respirar mais facilmente, sentindo o sol do meio da tarde atingir seu rosto, o fazendo fechar os olhos por um momento. Momento esse que parecia ter se estendido mais do que ele pensava, sendo acordado por uma voz suave e mãos carinhosas que tocavam em seus cabelos.

— Nico, a comida está pronta. Você não devia ficar tanto tempo no sol. — Era Sally, que sorria para ele e o ajudava a levantar da caideira.

Nico piscou devagar e ainda com a visão embaçada, deixou que Sally o guiasse para as mesas perto da churrasqueira que estavam debaixo de enormes guarda-sois, servindo de tendas improvisadas já que eles raramente usavam a parte externa da casa. Ou era o que Percy tinha lhe contado.

— Que cheiro bom! — Ele ouviu alguém dizer de longe.

Nico se sentia no paraíso. 

Ainda meio sonolento, observou Percy dar mais uma volta na piscina e ir até a borda, se impulsionando para fora dela e vindo em direção a eles, desfilando, como se não tivesse nenhuma preocupação no mundo, jogando os cabelos molhados para trás e vestindo uma sunga, molhando o chão por onde passasse. Era quase como se a água se apegasse a seu corpo e não quisesse abandoná-lo. Nico nem se irritou quando Percy se inclinou sobre ele e o beijou, o molhando no processo, ao se sentar a seu lado.

— Boa leitura?

Era uma pergunta interessante, ele não lembrava de sequer uma palavra, muito menos se tinha lido qualquer página. E ao invés de questionar sua falta de resposta, Percy meramente sorriu para ele e beijou seu rosto. Parece que a trégua deles ainda estava de pé.

— Qual tal a gente comer e descansar depois?

Nico acenou, é claro, de repente se sentindo exausto. Percy colocou um pedaço de filé bem-passado, batatas e uma salada para ele e fez outro prato para si mesmo. Eles comeram em silêncio e Nico mal notou quando sol foi se amenizando e se escondendo no horizonte. Ele também mal notou o momento que tinha subido para o quarto com Percy e entrado debaixo dos cobertores, a única luz que iluminava o ambiente sendo os raios fracos que ultrapassava a persiana.

— Durma. Vou estar aqui quando você acordar.

Nico fez seu máximo para manter os olhos abertos. Mas Percy ainda estava do seu lado, vestindo apenas uma sunga, acariciando seus cabelos e o ninando feito o bebê que Percy insistia que ele era. Talvez ele fosse, e talvez Percy gostasse disso. As coisas eram o que eram, e lutar contra a natureza fosse uma batalha fadada ao fracasso. Assim, ele se deixou ninar e relaxou contra os travesseiros. Talvez quando ele acordasse não se sentiria tão estranho e cansado.

***

Percy esperou até que a respiração de Nico se tornasse profunda e se levantou, e sem fazer barulho, desceu as escadas, indo para onde sua mãe ainda estava sentada debaixo de um guarda-sol.

— Ele está dormindo?

— Sim. Acho que eu o cansei.

— Percy, nós já conversamos sobre isso.

— Eu sei disso, tá bom! É que… Nico está tão desinteressado sobre tudo.

— Querido, eu entendo. Mas se você quer que Nico fique aqui, você tem que seguir nossas regras.

— Você não entende! Ele está começando a ficar quieto de novo. Nico quase não come e não quer falar sobre nada. O que você quer que eu faça se sexo é a única coisa que prende a atenção dele?

— Você já pensou que Nico esteja se sentindo confortável o suficiente para ser ele mesmo?

— Mas ele está tão calmo! Nada parece o afetar.

— Querido. — Agora Sally estava rindo dele, e nem escondia seu divertimento. — O problema aqui talvez seja outro.

— O quê?

— Sua mania de controle? Se você não entende, você tentar controlar.

— Eu não entendo mesmo.

— Pense assim, Nico estava sozinho, então ele tinha que agir de certo modo para não continuar sozinho, certo? Ele ainda está sozinho?

— Você quer me dizer que ele é quieto e calado porque quer? Por que se sente bem assim?

— Percy! Nico faz parte da família, mas ele não é sua responsabilidade.

— É claro que ele é. Se o pai dele nunca se importou e a irmã se importa quando é conveniente, alguém tem que se importar!

— Percy.

— Sei que não é minha responsabilidade, eu não vejo assim. Eu só me preocupo. E se da próxima vez que ele fugir, Nico se machucar? O que vai acontecer quando ninguém puder ajudá-lo?

— Ainda assim não será sua culpa. Como também não é culpa dele se Nico se sentir acuado e querer se proteger. Você tem que aceitar isso.

— Eu odeio que você tenha feito psicologia.

— De que outra forma eu poderia entender o que passar na cabeça do meu filho? 

— Mã-nhe!

— Estou falando serio, Percy. Pense nisso. Você age igual em todos os lugares e com todas as pessoas? Então não espere que Nico faça o mesmo. Você prefere que ele finja ser algo só para te agradar? Não era esse o problema?

— Eu só… eu tenho medo. Eu estraguei tudo antes, sabe? E eu fizer a mesma coisa?

— Ainda não será sua culpa.

— Então, é de quem?

— De ninguém. São coisas da vida. Cabe a nós perdoar e seguir em frente. No fim, a vida são sobre escolhas.

— Eu não gosto disso.

— Bem, querido, ninguém gosta. Você tem que entender que no fundo não é sobre você.

— É uma pena. Se fosse, eu já teria resolvido.

— Percy! Você tem que respeitar o que Nico quer.

— Hm. — Era um bom lugar para começar. — Tudo bem, eu vou fazer o que você quer. Mas eu não posso prometer nada.

— Perseu Jackson!

Sally deu um tapa em seu braço e tudo o que ele fez foi rir. Sally não era do tipo de pessoa que punia através da dor, não, e sim tirando o que você mais gostava. Por isso, Percy sabia que a mãe não falava serio e ela nunca o puniria de forma tão cruel. No fim, ela o abraçou e disse a ele: — Se comporte que no fim tudo vai dar certo. Tenha paciência.

***

— Se comporte que no fim tudo vai dar certo. Tenha paciência.

Nico não queria estar espiando, ele jurava que não queria. Mas Percy tinha dito que estaria do seu lado quando acordasse, e quando Percy não estava lá, a única coisa em sua mente foi ir em busca do mentiroso. Estava tudo bem, ele perdoava Percy já que Percy precisava mais de Sally do que ele precisava de Percy no momento; e pensar que Percy pedia para que ele fosse sincero quando Percy não fazia o mesmo. Porque, sim, ele tinha ouvido tudo. Desde sua “falta de interesse” até “você tem que respeitar o que Nico quer”. 

Era engraçado de uma forma quase doentia. O que ele queria? Era difícil decidir. No passado, ele queria um amigo verdadeiro, depois, alguém para segurar sua mão. E quando tudo isso tinha se tornado em realidade, as coisas começaram a se complicar; ele queria um namorado e não queria que Percy soubesse o que ele sentia; queria beijos e não queria que Percy descobrisse. Agora? Bem, agora que ele tinha tudo isso, percebia que no fim todos esses desejos se concentravam em uma só uma pessoa, e contanto que ele tivesse isso, estava satisfeito, mesmo que soubesse não ser muito saudável ou correto de um ponto de vista ético, moral e mental. Entretanto, era algo a se pensar… o que adiantava ter o que ele queria quando o preço era ver Percy tão frustrado e ansioso?

Antes que eles pudessem notar sua presença, Nico entrou na casa e subiu as escadas, se deitando na cama onde Percy o havia deixado. Talvez ele pudesse… mostrar mais interesse? Não seria tanto esforço assim, certo? E poderia ser até divertido. Então, colocou a cabeça no travesseiro e não precisou esperar muito. Logo a porta do quarto se abriu e a cama a seu lado se mexeu, braços se encaixaram em sua cintura e um beijo foi colocado atrás de sua orelha, o fazendo arrepiar dos pés ao pescoço.

— Eu te acordei?

— Eu sinto muito. — Nico disse, se virando nos braços de Percy, o encarando de perto. — Eu não sabia que você se importava tanto.

— Você ouviu? — Percy fez uma careta seria e Nico sentiu seu coração se apertar. 

Ele envolveu o pescoço de Percy com seus braços e o beijou por longos minutos, fechando os olhos bem forte, sabendo que preferia não olhar para Percy quando começasse a falar. 

Ainda com os olhos fechados, encostou sua testa na de Percy e falou:

— Sua mãe está certa. Eu… você pode ter certa influência sobre minha personalidade, mas não é isso exatamente. Eu gosto de ser assim, só quero um pouco de paz e silencio, sabe? Um lugar para pertencer. Eu quero ter alguém que me…

— Alguém?

— Eu quero ter alguém que me possua. Que tenha o controle. Que não me deixe fugir e que saiba o que eu preciso.

— Te possui? Como? Você não é uma propriedade, uma coisa para pessoas comprarem.

— Às vezes, é como eu me sinto. Sou só uma coisa, às vezes eu tenho valor e outras, não.

— Nico.

— Eu prefiro ficar com quem me dá favor e vai me tratar bem. Quero que você seja meu dono e ninguém mais. Você também é meu?

Era por isso que Nico não queria falar nada. Enquanto Percy pensasse que ele tinha um mínimo de normalidade, as coisas ficariam bem. Agora que a caixa de pandora tinha sido aberta, só lhe restava a esperança. Ele conseguia sentir a frustração explodindo para fora de Percy, a culpa, a tensão. Quanto mais tempo eles permaneciam quietos e calados, pior tudo ficava. Nico se obrigou a abrir os olhos e respirar bem fundo, tentando ser corajoso.

O que ele viu o surpreendeu. Percy não parecia nem feliz, nem triste, chocado ou chateado, só… quieto, uma quietude tão intensa que se rivalizava a sua, apenas seu rosto permanecendo serio e tenso.

— O que você está dizendo é algo muito sério. Desde quando você se sente assim?

E se era para ser sincero…

— Acho que sempre foi assim. Desde aquela vez no banheiro. Sei que não é muito comum. E sei que eu não sabia de muita coisa naquela época. A questão é que mesmo com a distância nada mudou. Você pode tentar ser mais… correto e justo, mas no fim, não faz diferença para mim. Só porque você se deu conta que fazia coisas erradas, ainda assim, nada muda o que passamos ou o que vamos passar. A única coisa que mudou foi a distância me mostrar que eu te amo, e que amo cada coisinha em você, boa ou má, bondosa e maldosa. Eu te aceito como você me aceita. Então, não me faça mudar assim como eu não quero que você mude.

Parece que era isso que Percy precisava para descongelar de seu estado catatônico. Percy pegou em sua mão e a beijou, voltando a abraçá-lo fortemente.

— Eu te aceito como você é. Eu não queria que você visse essas partes de mim. Elas não me definem e eu não quero que elas te definam também. Pensei que se eu me esforçasse bastante elas ficariam enterradas e ninguém precisaria notá-las.

— Eu sei. Eu te amo. Eu amo cada uma delas. E quando eu digo todas, são todas.

Percy deu uma risadinha no pé de seu ouviu que o fez arrepiar dos pés a cabeça, sua voz saindo rouca quando Percy o prensou contra a cama e se colocou entre suas pernas.

— Todas mesmo? Sem exceção?

— Nenhuma. Bem, talvez quando você hesita em me tocar. Essa eu não gosto.

Mais uma risada e um roscar de dentes que desceu por sua nuca e pescoço, chegando em seu ombro. Hmmm… isso deixaria uma marca, com toda certeza.

— Vou manter isso em mente. Mais alguma sugestão?

— Você está indo devagar demais. Talvez se você me torturasse menos?

— Isso eu não posso garantir.

— Oh!

O que Nico poderia fazer além de se entregar e gemer? Suas calças foram puxadas para baixo e logo seu membro tomado pela boca de Percy. Não havia nada melhor do que isso.

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Então, eu não sei se gostei muito desse capítulo. Mas foi produtivo. Sei lá. Espero que você tenham se divertido. Até a proxima.


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2 years ago

Intervalo

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— Você mentiu para mim. — Percy disse baixinho e rouco no ouvido de Nico, para que somente ele pudesse ouvir. Eles estavam no banheiro de deficientes do 12° andar, lugar que geralmente era vazio. Nico não sabia o que tinha dado nele, meses de provocação que não passavam de uma inocente brincadeira tinham enfim resultado na imagem de suas fantasias mais sujas; abrir as pernas e deixar que seu chefe o fodesse gostoso e fundo em um lugar público onde qualquer um poderia escutar do lado de fora.

Percy puxou sua cabeça para trás e agarrou em seus cabelos negros com força, o fazendo abrir as pernas e sentar em seu colo, se afundando contra Percy e ouvindo a privada ranger. Nico pôde sentir o momento que Percy o segurou firme pela cintura e ambos já sem as roupas de baixo, deslizou para dentro dele com dificuldade e com um grunhido de prazer, deixando que a gravidade o puxasse para baixa naquela tortura tão prazerosa.

— Ah! Eu não m—menti... eu n—não... hmmmm... — Nico gemeu, se sentindo amolecer nos braços fortes de Percy. Eles tinham feito um trabalho bem rápido, com apenas um pouco de lubrificante e força bruta, agora a dor se misturava com o prazer, fazendo seu interior se abrir por conta própria.

Percy fincou os dedos em sua pele e forçou os últimos centímetros para dentro, rebolando dentro dele com aqueles pequenos empurrões, para dentro e para fora, controlando Nico como se ele pesasse menos do que uma pluma.

— Por favor! — Nico implorou, perdido nas mãos de Percy em seu corpo e no membro que criava novos caminhos dentro dele.

— Você tem certeza? — Percy abriu mais as pernas de Nico e o penetrou mais a fundo, Nico choramingou, se contorcendo todo. — Aposto que você ainda vai pra escola. Você é daqueles que finge namorar garotas, mas quando ninguém vê deixa homens como eu te fuder, hmm? Você não tem vinte anos. Você não tem graduação em publicidade. Você é um virgem, o virgem mais apertado que eu já tive o prazer de ter. O mais jovem, também.

Percy deslizou os dedos pelas pequenas bolas de Nico e as apertou, os escorregando para baixo, circulando a entrada molhada e enfiando um dedo junto com seu membro, o alargando ainda mais.

— É isso que você queria, não era? Um homem grande com pau enorme te fazendo sentir o que aquelas menininhas não podem?

— C—como...! — Nico guinchou novamente, seu membro se contorcendo todo sem nem ser tocado.

— Como eu sei disso? É tão óbvio, está estampado no seu rosto. E no seu documento de identidade, também. Não sei como não pensei em verificar mais cedo.

— Então, porque...? Por favor, eu preciso... hmmmm...

— Isso. Assim. Bem melhor, você não acha?

Nico não conseguia responder. Ou pensar. Percy havia largado de suas pernas e tocado em seu membro, o segurando levemente, mal o tocando; o havia feito empinar mais a bunda e finalmente encontrado o ponto que fez sua visão escurecer por momento.

Oh.

— Shhhh... eu sei o que você está pensando. É errado e blá blá blá. Você acha que eu não sei? Eu tenho uma família, sabe? Uma linda garotinha de cinco anos e uma mulher estonteante me esperando em casa. — Percy disse com a respiração rápida e corpo curvando ao redor de Nico, o abraçando por trás, mas como se contasse uma história para um amigo. — Tenho um bom emprego e dinheiro suficiente para não trabalhar se eu quisesse. Mas tem esse garoto... um estagiário que é mais competente que o próprio dono, que seria eu, e que vive rebolando aquela bundinha empinada, tão doce e inocente com seu lindo sorriso. Eu tive que fazer alguma coisa sobre isso.

— Oh, meus deuses! Eu n—não quer—ria! — Nico gaguejou, sua visão embaçando e lacrimejando, rebolando no colo de seu chefe sem pudor algum.

— Infelizmente, você não vai poder continuar a ser meu funcionário. — Percy continuou como se Nico não o tivesse interrompido, mantendo sua cadência lenta e profunda, colados um ao outro. — Eu ignorei até agora porque... bem... eu sei que você entende, Nico. Volte daqui há dois anos quando você estiver na faculdade, sua vaga vai estar reservada. Mas enquanto isso... ah, sim... perfeito.

Percy suspirou extasiado e então segurou no membro de Nico com firmeza, moveu a mão com rapidez e com a outra, manteve Nico imóvel enquanto o fodia forte e rápido, finalmente permitindo que Nico gozasse longamente, apertando Percy e o levando junto.


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5 months ago
Japan Has A Bara Maid Cafe And Im Typing This From The Airport

Japan has a bara maid cafe and im typing this from the airport

1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XXII

Oii, como vai? Hoje teremos o capítulo completo! Talvez um pouco grande, mas eu espero que vocês gostem^^ Juntei a parte do post anterior e a outra parte é inédita, porém sem revisão. Esse capítulo foi uma improvisação, mas achei que o Percy não poderia ser um dom experiente do dia para a noite, certo?

Boa leitura.

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI

— Bom garoto. Tão obediente. — Nico fechou os olhos bem apertado e se negou a responder, sentindo seu corpo balançar com o efeito do orgasmo.  

Não que ele fosse capaz no momento. Não, Nico acha que nunca tinha gozado com tanta força em sua vida, e ouvir Percy falar assim com ele, o fazia estremecer ainda mais. Nico achava que nem o próprio Percy sabia o que essas palavras faziam com ele, o tom de voz aveludado e agora o toque suave que o acalentava depois de algo tão intenso. Não era apenas isso, era a forma como Percy falava com ele, como se Percy realmente estivesse orgulhoso; era a forma que Percy olhava para ele, o analisando friamente dos pés à cabeça e, ao mesmo tempo, com aquela fome no olhar que o fazia querer obedecer a cada ordem. Ele não conseguia lidar com isso, então, era melhor apenas se sentir grato por esse momento estar acontecendo. 

— E, então? — Nico ouviu Percy dizer, o sentindo tocá-lo e massagear seus braços, chegando em seu pulso para enfim abrir a algema. Engraçado, para quem tinha medo de ser preso, ele nem hesitou quando Percy sugeriu. 

— Então, o quê? — Nico murmurou, ainda ligeiramente desorientado. Ele nem mesmo conseguiu levantar os braços, permitindo que Percy continuasse a massagear a pele avermelhada. 

— Foi bom ou ruim? 

— Hmm? 

— Você gostou do que eu fiz? 

Não era obvio? 

— Eu gozei duas vezes. 

— Não quer dizer que você tenha gostado. 

— E você, gostou? — Nico rebateu, tentando se mover, o que apenas o fez cair para trás feito uma jaca podre. 

Quando Percy não respondeu, Nico olhou para ele. Era bem claro o que acontecia, Percy e seu complexo de mártir. A verdade é que ele tinha gostado, ambos tinham, e isso parecia ser um problema para Percy. 

— Eu gostei, tá bom? Quer dizer, seu queixo ainda está molhado. 

Para provar a evidência do crime, Nico se esticou todo, gemendo de dor em seus músculos e passou os dedos no rosto de Percy, mostrando o líquido a Percy. 

— É, eu acho que sim. — Mas Percy ainda tinha aquela expressão analítica, quase rígida demais, como se estivesse se preparando para dar a próxima ordem, o que se tornou verdade no final. — Fique aqui. 

— Para onde eu iria? 

— Com você eu nunca sei. Só não… fuja. Tudo bem? 

— Eu disse que não vou fazer isso de novo. Até quando você vai me culpar por isso? 

— Eu sinto muito. — Percy tentou sorrir, e quando isso não funcionou, ele deu as costas a Nico, que caiu mais uma vez nos travesseiros. 

Parecia que Nico não era o único traumatizado pelo passado. O que ele podia fazer? Essa era a história deles, às vezes feliz, outras, problemáticas. Nico não trocaria o que viveram por nada nesse mundo. Onde ele estaria se não tivesse conhecido Percy em um banheiro público de escola? O que ele teria feito se Percy fosse igual aqueles garotos? Pelo menos, eles não estariam nesse impasse. Será que se… que se ele forçasse as coisas só um pouquinho, Percy veria que não havia motivo para tanta culpa? Afinal, Percy sempre gostou da verdade e de coisas bonitas… 

— Nico.  

Se assustando, Nico viu o rosto de Percy perto demais e segurou nos ombros de Percy, o afastando. 

— No que você anda pensando, hmm? Conheço bem essa carinha. 

— Não sei do que você está falando. 

— Você não está aprontando, está? Se comporte. 

— Eu sempre me comporto. — “A não ser quando eu preciso”, Nico pensou, colocando sua expressão mais inocente. 

— Vou acreditar em você.  

Percy se sentou a seu lado e começou a limpá-lo. Em seu peito, abdômen e então no meio das pernas de Nico, suavemente deslizando uma toalha umedecida, chegando em sua entrada. 

— Você não precisa fazer isso. 

— Eu quero fazer. — Percy murmurou, o beijando no rosto. — Você tinha razão. Eu estava ausente, prometo que vou te recompensar. 

— Que tal começando agora. Me deixa te chupar? 

— Como isso pode ser uma recompensa para você? — O importante nisso tudo é que finalmente Percy tinha sorrido, acariciando seus cabelos. 

— Isso é um sim ou um não? 

— É um talvez depois. Agora, está na hora do bebê tirar uma soneca. 

— Eu não sou um bebê. 

— Então por que você está bocejando no meio da tarde? 

Era uma boa pergunta.  

Nico só deixou que Percy o cobrisse porque ele tinha se deitado a seu lado e o abraçado bem forte, também entrando debaixo das cobertas junto com ele. 

*** 

Por algum motivo, Percy se sentia exausto. Ele se permitiu relaxar no travesseiro contra as costas de Nico e fechar os olhos, apenas por um momento, apenas o suficiente para sentir o peso sair de suas costas. Era um peso metafórico, é claro, um peso que ele nem sabia estar ali. Percy nunca imaginou que a culpa poderia drenar alguém a ponto de afetá-lo fisicamente. As coisas também eram assim no passado? Percy não conseguia se lembrar. Esse era um mal hábito que ele tinha desenvolvido, outra muleta psicológica, ele sabia. Percy se esquecia e guardava a sete chaves no fundo da mente tudo o que fosse traumático ou frustrante. 

Quer saber? Ele tinha decidido não pensar no que fosse ruim ou bom, bem ou mal, e se concentraria no que fosse o certo para eles. Eles estavam confortáveis com isso? Ótimo! Parecia divertido? O fazia se sentir bem? Então, seria o que eles fariam. O que adiantava fazer o que era considerado como “normal” se isso causava tanta dor, e não do tipo que Nico parecia gostar? Era melhor se ele falasse com a mãe, só para tranquilizá-la. Percy sabia melhor do que ninguém que Sally o perturbaria até que ele falasse com ela. 

Se sentindo cansado mais uma vez, Percy saiu debaixo das cobertas, tentando não acordar Nico e viu algo caído no chão. Ele deu a volta na cama e ali no meio do caminho estava o diário que ele tinha dado a Nico. O diário estava aberto no início das primeiras folhas e tinha uma caneta presa, marcando a última página escrita.  

Ele também já tinha se esquecido disso. Felizmente, parecia que mesmo ele sendo uma pessoa horrível, Nico ainda era o mesmo doce garotinho, sempre o obediente. Sim, Percy pôde ver que Nico já tinha escrito algumas palavras e tinha personalizado a contracapa: 

DIARIO DO NICO  Se perdido, devolver para o Percy! 

Percy teve que rir, já se sentindo leve. Tinha até uns desenhos bonitinhos de corações, anjinhos e diabinhos ao redor das letras. Entretanto, o que realmente chamou sua atenção foi a página em que a caneta estava presa.  

“Eu adoro aquele tipo de espaço mental em que eu quase flutuo, quase delirante, sabe? Minha cabeça fica leve e eu não faço ideia do que quero fazer, só quero o que você quiser que eu faça. Na maioria das vezes, tudo o que sei é que quero ser fodido com tanta força que eu mal consiga falar e tudo o que eu consiga fazer seja pequenos gemidos quando você me perguntar alguma coisa.” 

“Quero o tipo de sexo que deixa marcas nos meus quadris e a forma das suas mãos na minha pele. O tipo de sexo que deixa o meu peito coberto de mordidas e as suas costas cheias de arranhões. Quero o tipo de sexo que faz o meu corpo doer e pulsar e que me faça te sentir entre as minhas pernas no dia seguinte.” 

Esse era um trecho que parecia se destacar das outras páginas, algo escrito às pressas, em garranchos despreocupados, á tinta preta e sem decorações ao redor, como se Nico não quisesse passar muito tempo com aqueles pensamentos e só precisasse despejá-los no papel. Esse foi o real motivo que o fez encarar aquelas palavras por longos momentos, estático, parado no meio do quarto com Nico ainda dormindo tranquilamente, sem nenhuma preocupação. 

Era impossível não comparar os dois estilos tipográficos. De um lado da folha, vinhas e arvores que pareciam se entrelaçar até os céus, acompanhados por linhas de poemas, simples e bonitas, do outro, uma prosa desajeitada e vulgar, permitindo a Percy ver os dois lados de Nico que ele raramente via juntos. Tinham outros desenhos, é claro. Um demônio e um anjo que ocupavam uma página inteira, descrições de personalidade e características físicas, algumas poucas linhas de narração que na página seguinte eram interrompidas por mais garranchos com pensamentos soltos. 

“Quero que você me abrace e me toque,   quero que você me faça sentir seguro e pequeno,   feito o bebê que eu nego ser.   Quero que você me diga quando ninguém estiver vendo:   "Como está o meu garoto? Ele se comportou?"   Quero ter regras e quero ter que pedir autorização.   Quero ser disciplinado quando não faço o que você mandar.” 

Percy teve que parar de folear o diário e olhar para Nico dormindo cama. 

Ele... porra! Ele queria fazer tudo isso, queria fazer todos os desejos de Nico se realizarem. E sabe por quê? Eram os mesmos que os seus. Cada palavra e confissão parecendo ser algo que ele faria se a culpa não o tivesse impedido até aquele momento. Será que essas fantasias realmente eram de Nico? Ou será que era algo que Nico tinha escrito para se vingar dele? Ou, pior ainda, era o que ele tinha levado Nico a acreditar que ambos queriam? Mas, ao mesmo tempo, Percy conseguia reconhecer Nico em cada linha, seja desajeitada ou elegante, misturado a influência que ele tinha sobre Nico e outras coisas e momentos em que Percy não esteve presente para moldá-lo. 

Sinceramente? Percy estava aliviado. Saber que Nico tinha tido outras experiencias e conhecido outras pessoas e que mesmo depois de tudo isso Nico ainda tinha voltado para ele, tirava mais uma parte do peso que ele nem sabia que levava. Entretanto, a questão importante era: Como ele poderia fazer... tudo isso sem passar dos limites? Como ele poderia se certificar que Nico não sairia disso o odiando de verdade? 

Ele... Percy precisava de ajuda. E de algumas coisas, também. Algo que fizesse Nico entender a seriedade da situação, do quanto ele desejava que Nico permanecesse seguro e feliz. Parece que esse era o momento de agir. 

*** 

Nico abre os olhos e a primeira coisa que nota é a luz do sol entrando pelas persianas, o cegando momentaneamente. Sua cabeça pulsava com uma dorzinha irritante nas têmporas, mas seu corpo estava o mais relaxado em que ele já esteve. Sua visão estava turva também, atordoado pelas endorfinas que ainda pareciam manter seu corpo calmo e sua mente maravilhosamente vazia, como se toda a ansiedade tivesse sido sugada por uma mangueira compressora. Nem mesmo suas aventuras com garotos mais experientes tinham causado esse tipo de reação nele. 

Ele olhou para o lado, esperando encontrar Percy e recebeu em troca a ausência e um pedaço de papel, Percy nem mesmo deixando seu calor para trás, o que significava que Percy tinham se levantado tempos atras. 

Bem, Nico não deveria criar expectativas quando Percy estava lidando tão mal com as coisas nos últimos tempos. E ele disse que daria tempo para Percy se acostumar com as coisas, não disse? Mesmo que fosse difícil continuar esperando por algo que talvez nem fosse acontecer, ele não tinha outra escolha. Era melhor ter a companhia de Percy do que não ter nada. Mas isso não queria dizer que ele não fosse tentar seu máximo para conseguir o que queria. 

Se dando por vencido, Nico se sentou na cama e pegou o bilhete. 

"Você dormiu bem? Eu tive que sair rapidinho.  Prometo estar de voltar para o café da manhã.  Me espere.  Per.” 

Era só isso? Era o que ele merecia depois de sentir seu mundo sacudir? Isso era tão justo! Chega! Ele iria tomar uma atitude imediatamente.  

Esquecendo da dor de cabeça e os dos músculos doloridos, Nico amassou o bilhete, o jogou em algum lugar em direção ao cesto de lixo e marchou até parar em frente ao guarda-roupa. Isso era tão ridículo! Nunca pensou que chegaria o momento em que ele teria que se rebaixar a tanto. Ele pegou a caixa com seus brinquedos, enfiou a mão no fundo dela e pegou uma embalagem lacrada, de cor preta. Era algo que a vendedora tinha sugerido e já que ele tinha comprado coisas piores, não era isso que o tornaria uma pessoa ruim. Ele colocou a pacote em cima da cama, pegou os itens que iria precisar e entrou no banheiro. Nico iria mostrar para Percy quem mandava ali. 

*** 

Percy se sentia bem melhor agora.  

Como ele poderia explicar? Bem... tinha um lugar, um tipo de bar, e ele tinha ficado curioso, sabe? Percy nunca participou, entretanto... ele tinha assistido e entendido bem rápido como as coisas funcionavam. O que ele podia fazer? Sua mãe sempre dizia que conhecimento era algo que ninguém podia tirar de você, e de fato, tinha sido algo difícil de esquecer. Talvez ele tivesse ficado entediado sem Nico por perto ou talvez quando ele se viu sozinho, sem ninguém para vigiá-lo... por que não? Sendo que Percy não precisava mais ser o cara bonzinho? 

O fato era, Percy tinha descoberto que ele fazia aquelas coisas sem precisar que ninguém o ensinasse. Pelo menos ali, aprendeu que o que ele fazia era errado se Percy não pedisse permissão antes.  

Um bom exemplo disso eram as palavras, pequenas sugestões que se repetidas poderiam se tornar em comportamentos condicionados, como quando você ensina seu cachorro a dar a patinha em troca de petiscos. Pessoas tinham as mesmas tendencias e vontades semelhantes, também. Algumas mais assertivas e outras, mais obedientes. Era um dinâmica normal, nada forçado, é claro, apenas modos de comportamentos onde cada um se sentia mais confortável para se expressar. E isso era só o começo, nem sequer era algo sexual ou romântico, apenas atitudes que a maioria das pessoas não reparavam. Sua psicóloga da época tinha sugerido algo parecido. Não que ele fosse atras desses tipos de clubes e sim que Percy analisasse por que ele se sentia tão codependente de Nico ou porque Percy se sentia tão frustrado. E como parecia estar relacionado a sexo, ele pensou... por que não? Sua mãe tinha apoiado a ideia e, seu irmão e Grover, amado mais ainda. Assim, como uma família unida, todos foram investigar o bar, incluindo sua mãe. 

O importante era que quando ele descobriu o que fazia com Nico já era tarde demais, Nico tinha ido embora e ele tinha ficado sozinho, com todas aquelas ideias e ninguém para testá-las. Percy não se orgulhava do que tinha feito, mas não se arrependia tão pouco. Sendo sincero? Ele não se importava com aquelas pessoas e se ele tivesse magoado algumas pelo caminho, não era da sua conta. Percy nunca prometeu nada a elas, cansando de avisar o que aconteceria no fim. 

Era por isso que Percy estava ali naquela manhã, um bar vinte e quatro horas que funcionava como lanchonete durante o dia. Fazia mais de um ano que Percy não entrava lá, mas como eles eram o lugar que ele mais confiava, teria que ser ali mesmo. 

Percy respirou fundo e entrou pelas portas de ferro negras, chegando a primeira área onde havia mesas e cadeiras de madeira que ao anoitecer seriam retiradas para dar lugar a pista de dança. Continuou andando mais ao fundo e encontrou o bar, um balcão longo junto a uma cozinha espaçosa, vendo os garçons pegarem pratos de comida para serem entregues. Ele só esperava que ningue-- 

— Percy, querido. Quanto tempo! 

— Vanessa. — Percy disse e se virou, vendo sua “professora” favorita. Ela era uma dominatrix atenciosa, bondosa e firme, algo que ele sempre quis ser e que nunca teve a paciência. Em comparação a ela, Percy era ansioso e um tanto cruel. Quem sabe um dia? 

— O que te trás aqui? Finalmente procurando companhia? Tenho um submisso que-- 

— Não dessa vez. — Percy disse e sorriu, negando educadamente. — Estou procurando Apolo. Será que ele está por aqui? 

— Ah, isso é tão bom. Quem é o garoto? 

— Alguém novo. 

— Hm, entendi. — Mas ela parecia o julgar como todos faziam. 

— Não tão novo. Ele é novo na cena. 

— Ah, tudo bem. — Vanessa voltou a sorrir e saiu de trás do balcão. — Eu sei exatamente o que você quer. 

Então, juntos, eles passaram por mais uma porta, subiram uma escada em caracol e chegaram no segundo piso, cheio de portas com quartos particulares, alguns com janelas que permitiam ver dentro dos quartos e no fim do corredor, uma porta grande de metal negro que eles também entraram. 

Realmente, aquela sala era o que Percy estava procurando. Ele sentia que se trouxesse Nico ali, o garotinho iria passar algumas horas perguntando para o que aquelas coisas penduradas na parede serviam. Também havia um balcão mais ao fundo do cômodo, onde um homem alto e loiro lia uma revista, usando um fone de ouvido. 

— Ei. — Percy disse assim que se aproximou.  

Apolo olhou para cima e no mesmo momento tirou o fone e se levantou, correndo em sua direção. Estava tudo bem, porque Percy estava preparado. Ele abriu os braços e deixou que Apolo o abraçasse o quanto quisesse, se esfregando nele. 

— Ah, olha o nosso pequeno dom. Tão crescido. Você tem malhado? Aposto que os garotinhos te perseguem. 

Não desde que Nico tinha voltado, mas esse era outro assunto. 

— Só um. Eu estava procurando algo específico. 

— Eu sei exatamente o que você precisa. 

— Eu não disse nada ainda. 

— E não precisa. 

Apolo sorriu todo esfuziante, pegou um cestinha de compras e começou a andar pelos corredores e prateleiras.  

— Deixa eu ver. Algo discreto para o dia. 

Apolo esticou a mão e pegou uma gargantilha, algo no estilo gótico. Uma tira de couro maleável e discreta com cristais pequenos a enfeitando. 

— Algo para brincar. 

Dessa vez Apolo pegou uma coleira rosa clara, pesada e com grandes furos, com uma plaquinha de identificação e um fecho para colocar uma guia se ele quisesse. 

— Algo para mantê-lo quietinho e comportado, sim? 

Finalmente Apolo pegou uma focinheira com uma bola no meio, uma venda de ceda e algemas macias. 

— Pronto. Isso deve bastar. 

— Eu não posso, isso é muita coisa. 

— É um presente para nosso dom júnior! 

— De verdade, eu não posso-- 

— Verdade! Está faltando uma coisa! 

— Apolo, não! 

— Sim. 

Antes que Percy pudesse impedi-lo, Apolo voltava com uma palmatoria. Sua superfície era toda em couro preto, feito de um material rígido, mas a ponta dela tinha um acolchoamento macio que traria dor sem deixar muitas marcas. 

— Apolo! 

— Vamos, é só dessa vez. Eu nunca vi você interessado em ninguém. Considere um presente de boa sorte. 

— Exatamente! Eu não posso aparecer com isso. Ele vai pensar que eu-- 

— Ele não está errado. 

Percy bufou e desistiu de discutir. Apolo era tão ridículo que isso tornava impossível contrariá-lo. 

— Além do mais... — Apolo continuou, embalando os itens em uma caixa bonita. — Já que você me rejeitou, o mínimo que você pode fazer é aceitar meu presente. 

— Quanto ficou? — Percy, para sua própria sanidade, decidiu ignorá-lo, e pegou a carteira. 

— Você não ouviu o que eu disse? É um presente. 

— Qual é! Isso vale pelo menos mil reais. 

— E daí? Eu sou rico. 

— Eu também sou. 

— Parece que estamos em um impasse. — Apolo fez uma careta de tristeza e balançou a cabeça. — Parece que o seu garoto vai ficar muito decepcionado, então. 

— Ele não sabe que eu estou aqui. 

— É uma surpresa? Eu não sabia que você era um romântico. — Dessa vez, não havia nenhuma ironia na voz de Apolo. — Estou me sentindo muito solteiro agora.  

Percy tinha esquecido como Apolo podia ser dramático. Ele era bonito, isso Percy não podia negar. Entretanto, beleza não era tudo na vida, mesmo que ajudasse muito. 

— Vanessa! Me arruma um dom agora mesmo! 

Percy se virou e lá estava Vanessa, os observando de longe como se assiste uma série de comedia. 

— Eu fiz, três vezes no último mês. 

— Você chama aquilo de dominação? Minha mãe é menos vanila do que aquilo. 

— Por favor, me poupe. — Vanessa cruzou os braços e revirou os olhos. 

— Custava me apresentar alguém alto, gostoso e com atitude? Será que é muito? 

Foi a vez de Percy revirar os olhos. Ele queria dizer que essa era a primeira vez que algo parecido acontecia. Ele jurava que não estava tentando se gabar, mas... de fato, Percy pensou que esses dias de D/s tinham ficado para trás. Mas ali estava ele, pedindo ajuda para essas pessoas. 

— Se comporte. — Percy se pegou falando, já irritado pela situação. O pior é que Apolo imediatamente endireitou a coluna. E ele teve que completar: — Não se atreva. 

Também não seria a primeira vez que Apolo se ajoelharia sem nem perceber. 

— Tão malvado. 

— Olha, eu agradeço a ajuda, mas eu tenho que-- 

— Está tudo bem? — Apolo perguntou, agora sério. — Você disse que nunca dominaria ninguém. É sobre o garoto que te fez sofrer? 

— Talvez. — Percy deu de ombros. — Não é culpa dele. 

— Tudo bem. Você precisa de ajuda? Talvez uma mediação? 

— Não. Eu consigo. — “Talvez”, ele queria ter dito. A verdade é que Percy não conseguia nem mesmo pensar em ter que dividir Nico com alguém ou deixar que outras pessoas assistissem. Percy não sabe se conseguiria se controlar. — Não precisa se preocupar. 

— Tem certeza? A gente podia dar uma ajuda pro pobre do garoto. Ele sabe no que se meteu? 

— Não precisa se preocupar. — Repetiu. 

O pior era que Percy não estava mentindo. Nico sabia muito mais do que ele gostaria. 

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Esse capitulo foi meio bobinho, não? Admito que exagerei um pouco. Eu não queria deixar as coisas muito pesadas. Foi bem divertido e é isso que importa, não? De qualquer forma, obrigada pelo apoio, sua presença é sempre bem-vinda!


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1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - CAPÍTULO XV

Oii, como vai? Consegui escrever mais um capítulo. Mas devo admitir que o calor está fritando meu cerebro. O importante é que saiu algo, agora se é bom vocês que me digam. Não é meu melhor texto, mas eu tentei. Boa leitura! E claro, as cenas smutt vão permanecer como decidido por votação, entretanto vou avisar sempre que tiver capítulos assim.

Avisos: +18

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV

Nico não sabia o que estava acontecendo com ele. Quer dizer, ele sabia, sim. A questão era o porquê.

— Bebê. — Percy murmurou em seu ouvido, fincando os dedos em seus cabelos por um breve momento que quase o fez gozar. Mas logo as mãos de Percy viajaram para seus ombros, descendo até segurar em sua cintura, parando ambos seus movimentos. — Eles vão ouvir.

Ele fechou a boca e tentou sufocar o próximo gemido, mas não conseguiu se parar, rebolando no colo de Percy e se curvando todo, e era isso o que ele não entendia. Nico nunca tinha transado com ninguém dessa forma e de repente, era tudo o que ele conseguia pensar. Como isso podia estar acontecendo com ele? O pior era que Percy estava sendo um perfeito cavalheiro. Ou foi o caso até Nico acordar na manhã seguinte. Ele tinha ido no banheiro e quando tinha voltado, Percy ainda estava ali, todo esticado na cama, sem nada o cobrindo… quando foi que Percy tinha ficado tão alto ou arranjado aqueles músculos? E aqueles braços? Nico não conseguiu evitar, voltou para a cama e… bem, Nico gostaria de dizer que apenas tinha o observado dormir.

Mesmo se sentindo sensível da noite anterior e com dor de cabeça da ressaca, ele engatinhou pela cama e se sentou na cintura de Percy, tentando ser cuidadoso. Isso era tão errado, a conversa sobre consentimento voltando com tudo. Mas, talvez se ele o acordasse de uma forma interessante, Percy não ficaria bravo com ele. Então Nico fez o que queria ter feito há muito tempo, colocou as mãos sobre o abdômen de Percy e as escorregou para cima, dedilhando os gominhos e voltando para baixo, sentindo os pelos se arrepiarem contra seus dedos. O que ele teria que fazer para Percy acordar? Talvez se ele… Nico se curvou sobre Percy e chegou ao rosto bronzeado de sol e quadrado, sentindo a barba que começava a crescer, vendo o sorriso nos largos lábios de Percy.

— Per? — E quando mesmo assim, Percy se negou a abrir os olhos, Nico continuou com sua exploração. Massageou o peito largo e roçou com a ponta dos dedos os mamilos eriçados.

Parece que ele teria que fazer tudo sozinho no fim, o que estava tudo bem, isso apenas lhe dava coragem para continuar. 

Como quem não quer nada, Nico deslizou sua bunda para baixo e encontrou um volume que não estava lá cinco minutos atrás. Será que ele devia? Nico sabia que iria doer um pouco, mas ele não queria procurar o lubrificante. Não poderia doer tanto assim, certo? Testando as águas, Nico se sentou mais uma vez no colo de Percy, levou a mão para trás dele e encontrou o membro de Percy completamente ereto. Talvez ele fosse um masoquista, era a única explicação para o gemido que soltou quando se forçou contra a resistência e a cabeça passou pela entrada apertada, deslizando com muito mais facilidade que ele esperava. Deuses! A pontinha estava tão molhada que ele acabou indo ao final mais rápido do que esperava. Nico achava que tinha gritado, achava que tinha apertado o membro de Percy dentro dele com todas as forças que tinha. Como isso poderia se traduzir como prazer para seus nervos, como?!

— Você vai se machucar. — Ele ouviu ao fundo Percy dizer e sentiu mãos apertarem com força suas pernas. Era difícil se concentrar em qualquer coisa que não fosse o membro o esticando e os tremores de prazer e dor que atingiam seus sentidos. Mas… mas tudo ficaria bem, porque alguns momentos depois Nico sentiu mãos quentes em acariciarem suas costas, o membro sair para fora dele e então dedos molhados estavam massageando dentro dele para o membro de Percy voltar a penetrá-lo, fundo e gostoso, alcançando aquele lugar que até noite passada Nico não sabia existir.

— O que foi, hm? Por que meu bebê está chorando? Onde doí?

Ele negou, balançando a cabeça, e se deixou levar. Colocou os braços ao redor do pescoço de Percy e relaxou, o que deixou tudo melhor. Mas Percy ainda estava parado, respirando rápido contra seu pescoço e o segurando forte pela cintura. 

— Per… eu preciso.

— Não está doendo? Da noite passada?

Nico negou mais uma vez, se acomodando melhor no colo de Percy, fazendo o membro dentro dele acertar os melhores lugares apenas com esse movimento acidental.

— Por favor… eu quero que você… quero que você… ah!

— Assim? — Percy perguntou e demonstrou mais uma vez. Levantou Nico pela cintura e o fez descer mais uma vez, o encontrando no meio do caminho com um movimento certeiro.

— Bebê, eles vão ouvir.

— Percy!

Ele achava que realmente estava gritando agora. Doía! Doía tanto e mesmo assim não conseguia parar, sentindo cada um de seus músculos se desfazerem a cada vez que os quadris de Percy se encontravam com os dele.

— Você tem que se responsabilizar por seus atos, bebê. — Percy sussurrou em seu ouvido. Aquilo era demais para ele.

Choramingando, sem saber o que seu corpo queria, Nico empurrou Percy pelo ombro e rastejou para fora do colo de Percy, gemendo e soluçando, suas pernas falhando no meio do caminho o fazendo cair de cara nos travesseiros. Nico não entendia o que acontecia com si próprio, ele só… só… iria explodir a qualquer momento se o mundo não voltasse a fazer sentido. Como dor poderia se misturar tão ao prazer a ponto de o fazer delirar? Porque o olhar no rosto de Percy só poderia ser uma ilusão que sua mente estava criando. Parecia tão… como se ele fosse a caça e Percy o predador.

— Onde você vai?

— Eu… eu não sei!

— Bebê.

Um calafrio subiu por sua coluna e fez suas pernas tremerem. Tinha algo na voz de Percy que o fez congelar no lugar onde Nico tinha caído. O que estava acontecendo com eles? Ele não conseguia olhar para Percy, como medo ver o que iria encontrar lá, e queria fugir, mas… mas Nico não queria se mover e talvez descobrir o que tanto o assustava. Entretanto, ele estava se movendo da mesma forma, se arrastando pela cama enorme em direção… ele não sabia, qualquer lugar estava bom. Então, porque parou na beirada da cama, ainda tremendo e… e sentindo uma antecipação que ele não sabia de onde vinha? A porta estava bem a sua frente, tanto a do banheiro ou a da saída. Se ele se sentia tão encurralado, por que não estava indo em direção a eles?

Nico gemeu, surpreso, quando a mão de Percy tocou no meio de suas costas, e suavemente deslizou para cima e para baixo num dos gestos mais confortantes que Nico já tinha experimentado.

— Você quer brincar? — Percy perguntou em seguida, ainda sem se aproximar. — Ou quer dormir mais um pouco? Ainda está cedo.

— Eu… — Nico se curvou contra si mesmo e escondeu o rosto no travesseiro. 

Ele não entendia o que acontecia com ele. Nada fazia sentido. Ele não queria estar sentindo essas coisas e não queria ser desse tipo de pessoa. Quer dizer, alguns dias atrás ele estava bem com o que estava acontecendo. Então, qual era o problema?

— Você pode me dizer.

— Eu quero gozar. — Nico admitiu, seu rosto afundado contra o travesseiro.

— Então, olha para mim. Sim?

Nico negou, se encolhendo ainda mais.

A cama ao redor dele balançou e então Percy estava ao lado dele, mãos quentes estavam de volta em sua coluna junto a lábios que deslizaram por toda a extensão, até chegar a curva de suas nádegas, as mordiscando.

— Você está pronto para conversar? — Percy murmurou contra sua pele.

Quando Nico negou mais uma vez, os lábios de Percy desceram mais um pouco e encontraram sua entrada, beijando a área suavemente. — Nunca mais faça isso. Não quero te ver machucado.

Nico não teve outra reação além de estremer e gemer contra os travesseiros, se sentindo derreter quando a língua de Percy acalçou um lugar mais profundo.

— Quer que eu toque seu membro?

Nico negou. Tudo o que ele fazia era negar. O que estava acontecendo!

— Quer que eu pare?

Então, negou mais uma vez, se surpreendendo.

— Bebê. — Percy disse na voz mais afável que ele já tinha ouvido e isso o fez se sentir estranhamente… contente, satisfeito até.

— Eu quero você… dentro de mim.

— É mesmo? — Agora Percy soou quase condescendente, irônico até. O que fazia sentido. Eles estavam fazendo exatamente isso até que Nico teve um ataque de panico.

— Me diga se for muito.

Tudo o que Nico conseguiu fazer foi arfar, ficando sem ar devido ao movimento repentino. O colchão se afundou ligeiramente atrás dele e Percy se encaixou sob suas costas. Mãos rodeiam sua cintura, o puxando para mais perto e dedos se fincaram em seu cabelo, estranhamento o forçando inspirar profundamente. O engraçado é que Percy nem empregava muita força, sua cabeça girando, tentando criar explicações porque esse momento parecia tão diferente dos outros. O que o fazia se sentir tão angustiado e tão excitado ao mesmo tempo? No momento, não importava. Nico sentiu a cabeça do membro de Percy contra sua entrada mais uma vez e então tudo sua visto ficou embaçada, sua cabeça esvaziando por alguns instantes. Era difícil descrever. Nico não sabia se era o agarre de Percy que ficava cada vez mais forte em sua pele, se era Percy arfando contra seu ouvido ou se era a forma decidida e com vigor que Percy o fodia, devagar, mas com proposito em cada estocada certeira, curta e bem colocada.

Talvez ele só quisesse que Percy o mantesse sob controle e lhe dissesse o que fazer em seguida. Será que ele seria obrigado a falar sobre isso também? Antes que isso pudesse acontecer, Nico preferia fugir e nunca mais voltar. Ou ele teria feito isso se Nico não tivesse sentindo as mãos de Percy o prenderem contra seu peito largo, o impedindo se mover muito.

— Está tudo bem. Comigo, certo? — Percy o manteve preso entre seus braços e diminuiu a velocidade de seus movimentos, mas era tarde demais. Algo no modo como Percy o continha finalmente fez Nico se deixar levar. Nico permitiu que Percy continuasse a segurá-lo e estremeceu pelos próximos minutos, relaxando contra o peito de Percy, sentindo Percy ir junto com ele. 

— Tudo bem? — Percy disse depois de alguns momentos quando nenhum dos dois fez nada para se mover.

— Não tenho certeza. — Essa era a coisa mais sincera que tinha saído de seus lábios desde que tinha acordado.

***

— Não tenho certeza. — Nico disse, ainda afundado contra o peito de Percy, finalmente se sentindo seguro e em paz.

Ele se sentia tão estranho que Nico nunca teria palavras para expressar. O que tinha mudado em cinco minutos que o fazia se sentir tão bem agora?

— Tudo está bem. Você foi ótimo. — Percy ainda tinha uma das mãos fincadas em seus cabelos e a outra em sua cintura, que nesse momento massageava sua barriga e baixo ventre, suavemente o ninando.

— O que está acontecendo? Eu não… não queria fugir.

— Sei que não.

— Eu só… 

— Está tudo bem se você se deixar sentir.

— Me deixar sentir?

— Eu aprendi que às vezes nossas mentes vão para lugares estranhos. Como se nosso corpo quisesse uma coisa e nossa mente outra. Então, tudo bem sentir, seja o que for.

— Desde quando você sabe tanto sobre isso?

— Eu… busquei ajuda.

— Psicológica?

Percy acenou que sim contra suas costas e Nico teve que se virar, para ver com os próprios olhos, mas Percy não o encarava; ele olhava para fora da janela.

— Quando você foi embora, percebi que não era comum sofrer tanto por alguém a ponto de querer me matar.

 — Percy! Eu nunca quis que isso acontecesse! Por que você não me disse?

— Você não é responsável por meus atos e eu não sou responsável pelos seus. Ou pelo menos, não era o caso naquela época. 

Então, Percy deu um sorrisinho sacana e Nico revirou os olhos. Parece que eles tinham muito a conversar. 

— A questão é que eu não podia te pedir para voltar e não era justo deixar que a depressão me afundasse. Eu fiz o que Sally pediu. — Percy deu de ombros. — Fui no médico. E mesmo com ajuda, eu ainda sentia sua falta. Não tive escolha senão te ver se divertindo e amadurecendo sem mim.

— Eu… nunca foi algo definitivo. — Nico murmurou, se sentindo um monstro. — Devia ser alguns meses, depois um ano. Eu não tive coragem de te encarar.

— O que te fez mudar de ideia?

— Uma foto. Annabeth e você sentados na sua cama.

Nico observou como em câmera lenta, o olhar de tristeza se transformar em divertimento e felicidade, Percy o abraçando com mais força.

— Ah, se ela soubesse.

— Soubesse o quê?

— Annabeth fez aquilo de proposito, pensando que iria te atingir. Acho que ela conseguiu, não foi?

— Percy! — Agora Percy estava rindo de verdade, se jogando para trás na cama e o levando junto, o prendendo em um agarre de urso.

— Me solta!

— Não, agora é serio. Você quer conversar sobre o que aconteceu?

— Acho que não.

— Não vai nem me dar uma pista? Um ponteiro? Nadinha?

Nico até poderia imaginar o pesadelo. Se Percy soubesse o que Nico realmente queria… seria a seu fim.

— Tudo bem. Já entendi.

Percy se espreguiçou e colocou Nico contra os travesseiros. Antes de levantar, ele beijou Nico e sorriu para ele, dando a volta na cama. Abriu uma gaveta em seu lado da cama e tirou de lá um diário com capa azul, parecido com o que ele tinha dado a Nico.

— Acho que vou escrever depois de tomar um banho. É relaxante, você não acha? — Percy colocou o diário do seu lado da cama e beijou Nico mais uma vez, indo para o banheiro dentro da suíte e fechando a porta.

Nico escutou o barulho de água cair no chão e se sentiu a pessoa mais idiota do mundo. Seu próprio diário estava bem a seu lado na cômoda e tudo o que ele menos queria era escrever sobre seus sentimentos. Ele se sentia forçado e manipulado a fazer algo que não queria, afinal, era o justo; Percy tinha contado a ele algo profundo e pessoal, o que o deixava na posição de contar alto tão pessoal quanto. No fim, não era o que ele queria? Que Percy o… dissesse o que fazer? Nico apenas não pensava que isso escorreria para fora do sexo também. Mas se Percy queria saber, ele faria Percy se arrepender disso.

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E então, ficou muito ruim? Estou pensando em reescrever essa cena em um momento futuro. Comentarios são sempre bem vindos.

Até a proxima.


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1 year ago
I’m An Artist Who Rocks. No, Seriously! I Rock. And Tree. And Water.
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🌸✨


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5 months ago

AMOR DE BABÁ - Nico!Babá, Percy!Professor - Capítulo II

Olá, como vai? Mais um capítulo chegando. Nessa parte Nico e Percy vão se conhecer. Espero que vocês gostem!

CAPÍTULOS ANTERIORES: Capítulo I

AMOR DE BABÁ - Nico!Babá, Percy!Professor - Capítulo II

Nico desceu do ônibus e parou em frente a um grupo de casas luxuosas, já estranhando o lugar. Ele segurou o celular com força e verificou o endereço que lhe mandaram. Sim, era ali, Rua dos pinheiros… eh… o que parecia estar certo, havia árvores tão altas que pareciam desaparecer entre as nuvens. Ele deu de ombros e andou pela calçada larga, sentindo como se entrasse em um mundo desconhecido ao ver que os tijolos no chão eram pintados de uma cor amarela num tom dourado e fosforescente, se estendendo sem fim por longos quilômetros que mais parecia sair de um conto de fadas conforme as fileiras de residências se perdiam ao horizonte e além.

Ele não podia evitar, se via deslumbrado por aquele lugar; eram os grandes portões que delimitavam as propriedades, as separando por muros ainda mais altos. Árvores gigantes e canteiros menores com flores em diferentes formatos e cores que bloqueavam a visão das outras casas ou do que havia dentro daqueles portões. 

Ele continuou andando e parou em frente ao conjunto que tinha o número 17, onde mais um grande portão de ferro negro subia mais alto do que ele podia ver. Nico não conseguia expressar como era estranho estar num lugar como aquele, o ambiente era tão quieto e a ausência de qualquer pessoa por ali fazia sua pele se arrepiar. E só para ter certeza, ele verificou mais uma vez se aquele era o endereço correto. Nico coçou os cabelos, tentado a abrir mais uma vez o e-mail com os dados do contratante, porque aquilo só podia ser um engano; o que ele presenciava não podia ser chamado de casa. Agora que chegava bem perto dos portões, podia ver que era um conjunto de pequenas mansões bonitas e bem estruturadas. Cercas brancas, largos jardins, parques, piscinas, academias e tudo mais o que pudesse ser imaginado, além de seguranças que protegiam o perímetro ao redor da propriedade e nas áreas comuns a todos os moradores.

Parecia que ele de fato tinha entrado em uma realidade paralela, o que era estranho. Nico sentia que ele não era alguém que aquelas pessoas contratariam para trabalhar ali, alguém sem faculdade, sem qualificações ou indicações profissionais adequadas. Mas já que Nico estava ali… ele deu de ombros outra vez. Que mal tinha em tentar?

Ele andou até a frente do portão e apertou o interfone:

— Com licença, sou Nico Di Ângelo. Tenho uma reunião com Annabeth Chase na casa 4.

— Sim, bom dia. A Senhorita Chase deixou um recado. — O porteiro solicito e educado, lhe disse. — Ela pede desculpas por não poder recebê-lo pessoalmente. Nós o encaminharemos até o local.

Restou a Nico agradecer e esperar que os portões se abrissem. 

Ele jurava que estava tentando manter a mente aberta, porém, a coisa mais esquisita aconteceu em seguida. Enquanto parte do portão deslizava para o lado, dois seguranças com o triplo do seu tamanho o olharam de cima a baixo e pararam em sua frente.

— Documentos. São regras do condomínio. — Nico achou mais estranho ainda, mas tudo bem. Já que ele tinha embarcado nessa loucura, iria até o fim.

Ele abriu o zíper da mochila e entregou a eles sua carteira de habilitação. O mais alto e ruivo pegou o documento de suas mãos e tirou uma prancheta de dentro do posto da guarita, se aproximou, olhou para as informações que tinha e depois pareceu comparar com as informações do documento. 

O mesmo guarda-costas escreveu alguma coisa no papel e entregou o documento e a prancheta para ele, dizendo: — Assine aqui. — Foi tudo o que o ruivo lhe disse antes de Nico assinar rapidamente e o segurança conferir a assinatura. Quando as informações pareceram bater, o outro segurança que estava ao lado acenou e o guiou até um carro que o esperava em frente a outro portão menor.

Nico se deixou ser encaminhado até o próximo portão e sentiu vontade de rir; primeiro, esse era algum tipo de prisão luxuosa? E em segundo, por que havia um carrinho de mini golfe ali? O mais interessante era que o carinho até vinha com um motorista particular.

Ainda achando graça, ele entrou no carro, colocou o cinto de segurança e se deparou com um garoto da idade dele, algo entre vinte e vinte e cinco anos, cabelos castanhos, olhos negros e um bonito sorriso largo.

— Primeira vez?

Ele acenou, tentando não demonstrar como tudo aquilo o incomodava e o divertia ao mesmo tempo.

— Não se preocupe, todo mundo fica meio assustado na primeira vez. Qual o seu nome?

— Nico.

— É um prazer, Nico. Você pode me chamar de Gabe. Vou te dar uma carona pelo tempo que você ficar por aqui.

— Por quê? Você acha que eu não vou ficar muito tempo?

— Ninguém fica. Não é nada pessoal. Você sabe como são essas pessoas.

— Como elas são?

— Acho que você vai descobrir, não vai?

Assim, quando ele menos percebeu, Gabe parou o carro em frente a casa de número 4. 

Sorrindo com covinhas e dentes brancos, Gabe perguntou: — Eu posso? — E antes que Nico pudesse responder, Gabe o ajudou a tirar o cinto de segurança, deu a volta no carro e estendeu a mão para ele. 

— Não se esqueça, não leve para o lado pessoal. — Ele piscou para Nico, todo charmoso e deu a volta no carro, entrando no lugar do motorista. 

“Certo. Nada pessoal. Claro.” Nico pensou consigo mesmo, vendo Gabe se afastar rapidamente pelas ruas do condomínio, arrancando para longe dali. 

Ele se permitiu respirar fundo e encarou a casa de dois andares que era rodeada por um jardim tão extenso que não era possível ver nada além da natureza, alguns carros e mais árvores que cresciam altas com folhagens volumosas. Não restava para Nico nada além de tentar ignorar a exuberância do lugar, dizendo a si próprio, não era nada demais; esse seria apenas mais um emprego onde ele ficaria alguns meses, faria um pouco de dinheiro e seguiria para o próximo trabalho até que tivesse dinheiro o suficiente para custear seus estudos. Apenas mais um dentre tantos outros. 

Ele deu mais alguns passos em direção à porta e subiu os poucos degraus, esses feitos de um mármore branco e cinza, seguindo o resto do design da casa; tudo muito pálido e em tons pastéis, isso ficando claro até mesmo do lado de fora da casa. Em seguida, tocou a campainha antes que seus nervos falassem mais alto, restando a Nico respirar fundo mais uma vez, tentando se acalmar. Ele arrumou suas roupas amassadas e segurou na alça da mochila passando a mão nos cabelos, tentando ajeitá-los no reflexo da tela do celular, o que se provou ser inútil. Não havia milagre naquele mundo que o faria se sentir adequado ou bem-vestido, assim, ele se forçou a esperar o mais paciente que alguém como ele poderia.

Não era nada demais, disse a si mesmo mais uma vez. Ele sempre ficava nervoso no primeiro dia e isso nem tinha a ver com os chefes insuportáveis ou abusivos que Nico já teve o prazer de aturar, não, tudo isso estava impregnado em sua pele não importando para onde ele fosse. Fazia parte de sua condição psicológica. Embora isso não tenha durado muito tempo.

Impaciente e vencido pela ansiedade, ele tocou novamente a campainha, apertando o botão mais forte do que pretendia no exato momento em que a porta se abriu bruscamente, revelando um homem alto de quase dois metros de altura, cabelos negros bagunçados e intensos olhos verdes que o fitavam com desinteresse. O homem parecia ter pulado para fora da cama, vestindo apenas calças de moletom cinza e mostrando… mostrando uma trilha de pelos que levava a um certo volume avantajado naquele lugar.

— Sim? — O homem murmurou rouco, seus olhos mal se abrindo e tão sério que Nico pensou em dar meia volta e escapar daquela situação estranha.

Se sentindo pior ainda, como se alguém revirasse suas entranhas, Nico manteve seus olhos acima dos ombros do homem seminu e conferiu o celular, verificando novamente o e-mail que a agência tinha enviado.

Casa 4. Empregadora - Annabeth Grey.

— Posso falar com a senhora Annabeth Grey?

— Volte no próximo mês. Talvez no próximo ano, sim? Nunca pensei que ela gostasse dos mais novos… — O homem murmurou quietamente como se Nico não devesse ter escutado, principalmente a última parte, distraído, nem parecendo se importar com a presença dele.

— Senhor…?

— Jackson, Percy Jackson. — Ele disse de má vontade, bocejando.

— Sr. Jackson. — Nico falou. Ele fez questão de ignorar o que aquele senhor insinuava. — Me avisaram sobre a vaga de cuidador infantil. A agência me enviou aqui.

— Ah.

Percy Jackson não agiu como ele esperava. Não, o homem apenas levantou as sobrancelhas e o encarou pela primeira vez parecendo lhe analisar, o dissecando com seus analíticos e intensos olhos verdes, como se tentasse decidir se Nico valia o seu tempo. O que fez Nico se sentir ainda mais estranho, querendo se esconder e socar a cara daquele homem ao mesmo tempo.

— Você tem experiência com crianças? — Percy Jackson lhe disse, mesmo que não fosse o que o homem pretendia falar. Isso estava nítido para Nico.

— Cuido dos meus irmãos desde criança. Serve? — Quando Nico viu que parecia desrespeitoso demais, completou: — O anúncio não exigia especificações.

— Me deixe ver.

Não parecia ter sido um pedido.

— Claro. — Ele deu de ombros, fingindo não se importar com aquele interrogatório todo.

Nico entregou o celular para o Sr. Jackson e se sentiu vitorioso quando o homem não achou nada de errado. Sr. Jackson apenas pareceu ler, virou a cabeça para o lado e suspirou fundo, dizendo: — Típico dela.

— Se o senhor quiser posso ir embora. — Afinal, nenhum dinheiro era suficiente para passar aquele tipo de humilhação. Ou o que ainda estava por vir. Nico nunca tinha certeza do que poderia acontecer.

— A culpa não é sua. Entre.

Sr. Jackson deu espaço para que Nico entrasse e assim a porta se fechou, dando início a algo que ele em hipótese alguma poderia ter previsto.

Obrigada por ler. Sua presença é muito bem vinda. E se você puder me deixar um comentário dizendo o que gostou ou não, eu ficaria muito feliz. Não estou buscando alguém para afagar meu ego, e sim uma opinião sincera. De verdade. Vou adorar conversar com vocês.

Até logo,

Ana.


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2 years ago
Every Day I Am Percieved™️

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1 year ago

NÃO HÁ LUGAR COMO O LAR - PERCY/NICO AU COLEGIAL - A volta!

Oii, como vai? Consegui escrever algo antes do que eu esperava! Por isso hoje trago uma parte do próximo capítulo (o que eu consegui escrever hoje!)

Então... eu acabei não excluindo nada! Eu sei! Eu revisei tudo e meio que gostei do resultado? Não era sobre isso, mas acho que agora é? srrsrs Enfim, desculpa pela confusão. O importante é que ainda tenho algumas ideias interessante para a história. Conversamos mais nas notas finais, enquanto isso, fiquem com o capítulo de hoje.

Capítulos anteriores: CAPÍTULO I / CAPÍTULO II / CAPÍTULO III / CAPÍTULO IV / CAPÍTULO V / CAPÍTULO VI / CAPÍTULO VII / CAPÍTULO VIII / CAPÍTULO IX / CAPÍTULO X / CAPÍTULO XI / CAPÍTULO XII / CAPÍTULO XIII / CAPÍTULO XIV / CAPÍTULO XV / CAPÍTULO XVI / CAPÍTULO XVII / CAPÍTULO XVIII / CAPÍTULO XIX / CAPÍTULO XX / CAPÍTULO XXI

— Bom garoto. Tão obediente. — Nico fechou os olhos bem apertado e se negou a responder, sentindo seu corpo balançar com o efeito do orgasmo.  

Não que ele fosse capaz no momento. Não, Nico acha que nunca tinha gozado com tanta força em sua vida, e ouvir Percy falar assim com ele, o fazia estremecer ainda mais. Nico achava que nem o próprio Percy sabia o que essas palavras faziam com ele, o tom de voz aveludado e agora o toque suave que o acalentava depois de algo tão intenso. Não era apenas isso, era a forma como Percy falava com ele, como se Percy realmente estivesse orgulhoso; era a forma que Percy olhava para ele, o analisando friamente dos pés à cabeça e, ao mesmo tempo, com aquela fome no olhar que o fazia querer obedecer a cada ordem. Ele não conseguia lidar com isso, então, era melhor apenas se sentir grato por esse momento estar acontecendo. 

— E, então? — Nico ouviu Percy dizer, o sentindo tocá-lo e massagear seus braços, chegando em seu pulso para enfim abrir a algema. Engraçado, para quem tinha medo de ser preso, ele nem hesitou quando Percy sugeriu. 

— Então, o quê? — Nico murmurou, ainda ligeiramente desorientado. Ele nem mesmo conseguiu levantar os braços, permitindo que Percy continuasse a massagear a pele avermelhada. 

— Foi bom ou ruim? 

— Hmm? 

— Você gostou do que eu fiz? 

Não era obvio? 

— Eu gozei duas vezes. 

— Não quer dizer que você tenha gostado. 

— E você, gostou? — Nico rebateu, tentando se mover, o que apenas o fez cair para trás feito uma jaca podre. 

Quando Percy não respondeu, Nico olhou para ele. Era bem claro o que acontecia, Percy e seu complexo de mártir. A verdade que é ele tinha gostado, ambos tinham, e isso parecia ser um problema para Percy. 

— Eu gostei, tá bom? Quer dizer, seu queixo ainda está molhado. 

Para provar a evidência do crime, Nico se esticou todo, gemendo de dor em seus músculos e passou os dedos no rosto de Percy, mostrando o líquido a Percy. 

— É, eu acho que sim. — Mas Percy ainda tinha aquela expressão analítica, quase rígida demais, como se estivesse se preparando para dar a próxima ordem, o que se tornou verdade no final. — Fique aqui. 

— Para onde eu iria? 

— Com você eu nunca sei. Só não… fuja. Tudo bem? 

— Eu disse que não vou fazer isso de novo. Até quando você vai me culpar por isso? 

— Eu sinto muito. — Percy tentou sorrir, e quando isso não funcionou, ele deu as costas a Nico, que caiu mais uma vez nos travesseiros.  

Parecia que Nico não era o único traumatizado pelo passado. O que ele podia fazer? Essa era a história deles, às vezes feliz, outras, problemáticas. Nico não trocaria o que viveram por nada nesse mundo. Onde ele estaria se não tivesse conhecido Percy em um banheiro público de escola? O que ele teria feito se Percy fosse igual aqueles garotos? Pelo menos, eles não estariam nesse impasse. Será que se… que se ele forçasse as coisas só um pouquinho, Percy veria que não havia motivo para tanta culpa? Afinal, Percy sempre gostou da verdade e de coisas bonitas… 

— Nico.  

Se assustando, Nico viu o rosto de Percy perto demais e segurou nos ombros de Percy, o afastando. 

— No que você anda pensando, hmm? Conheço bem essa carinha. 

— Não sei do que você está falando. 

— Você não está aprontando, está? Se comporte. 

— Eu sempre me comporto. — “A não ser quando eu preciso”, Nico pensou, colocando sua expressão mais inocente. 

— Vou acreditar em você.  

Percy se sentou a seu lado e começou a limpá-lo. Em seu peito, abdômen e então no meio das pernas, suavemente deslizando uma toalha umedecida, chegando em sua entrada. 

— Você não precisa fazer isso. 

— Eu quero fazer. — Percy murmurou, o beijando no rosto. — Você tinha razão. Eu estava ausente, prometo que vou te recompensar. 

— Que tal começando agora. Me deixa te chupar? 

— Como isso pode ser uma recompensa para você? — O importante nisso tudo é que finalmente Percy tinha sorrido, acariciando seus cabelos. 

— Isso é um sim ou um não? 

— É um talvez depois. Agora, está na hora do bebê tirar uma soneca. 

— Eu não sou um bebê. 

— Então por que você está bocejando no meio da tarde? 

Era uma boa pergunta.  

Nico só deixou que Percy o cobrisse porque ele tinha se deitado a seu lado e o abraçado bem forte, também entrando debaixo das cobertas junto com ele. 

*** 

Por algum motivo, Percy se sentia exausto. Ele se permitiu relaxar no travesseiro contra as costas de Nico e fechar os olhos, apenas por um momento, apenas o suficiente para sentir o peso sair de suas costas. Era um peso metafórico, é claro, um peso que ele nem sabia estar ali. Percy nunca imaginou que a culpa poderia drenar alguém a ponto de afetá-lo fisicamente. As coisas também eram assim no passado? Percy não conseguia se lembrar. Esse era um mal hábito que ele tinha desenvolvido, outra muleta psicológica, ele sabia. Percy se esquecia e guardava a sete chaves no fundo da mente tudo o que fosse traumático ou frustrante. 

Quer saber? Ele tinha decidido não pensar no que fosse ruim ou bom, bem ou mal, e se concentraria no que fosse o certo para eles. Eles estavam confortáveis com isso? Ótimo! Parecia divertido? O fazia se sentir bem? Então, seria o que eles fariam. O que adiantava fazer o que era considerado como “normal” se isso causava tanta dor, e não do tipo que Nico parecia gostar? Era melhor se ele falasse com a mãe, só para tranquilizá-la, Percy sabia melhor do que ninguém que Sally o perturbaria até que ele falasse com ela. 

Se sentindo cansado mais uma vez, Percy saiu debaixo das cobertas, tentando não acordar Nico e viu algo caindo no chão. Ele deu a volta na cama e ali no meio do caminho estava o diário que ele tinha dado a Nico. O diário estava aberto no início das primeiras folhas e tinha uma caneta presa, marcando a página.  

Ele também já tinha se esquecido disso. Felizmente, parecia que mesmo ele sendo uma pessoa horrível, Nico ainda era o mesmo doce garotinho, sempre o obediente. Sim, Percy pôde ver que Nico já tinha escrito algumas palavras e tinha personalizado a contracapa: 

DIARIO DO NICO  Se perdido, devolver para o Percy! 

Percy teve que rir, já se sentindo leve. Tinha até uns desenhos bonitinhos de corações, anjinhos e diabinhos ao redor das letras. Entretanto, o que realmente chamou sua atenção foi a página em que a caneta estava presa.  

“Eu adoro aquele tipo de espaço mental em que eu quase flutuo, quase delirante, sabe? Minha cabeça fica leve e eu não faço ideia do que quero fazer, só quero fazer o que você quiser que eu faça. Na maioria das vezes, tudo o que sei é que quero ser fodido com tanta força que eu mal consiga falar e tudo o que eu consiga fazer seja pequenos gemidos quando você me perguntar alguma coisa.”  

“Eu quero o tipo de sexo que deixa marcas nos meus quadris e a forma das suas mãos na minha pele. O tipo de sexo que deixa o meu peito coberto de mordidas e as suas costas cheias de arranhões. Quero o tipo de sexo que faz o meu corpo doer e pulsar e que me faça te sentir entre as minhas pernas no dia seguinte.” 

Esse era um trecho que parecia se destacar das outras páginas, algo escrito às pressas, em garranchos despreocupados, á tinta preta e sem decorações ao redor, como se Nico não quisesse passar muito tempo com aqueles pensamentos e só precisasse despejá-los no papel. Esse foi o real motivo que o fez encarar aquelas palavras por longos momentos, estático, parado no meio do quarto com Nico ainda dormindo tranquilamente, sem nenhuma preocupação.  

Era impossível não comparar os dois estilos tipográficos. De um lado da folha, vinhas e arvores que pareciam se entrelaçar até os céus, acompanhados por linhas de poemas, simples e bonitas, do outro, uma prosa desajeitada e vulgar, permitindo a Percy ver os dois lados de Nico que ele raramente via juntos. Tinham outros desenhos, é claro. Um demônio e um anjo que ocupavam uma página inteira, descrições de personalidade e características físicas, algumas poucas linhas de narração que na página seguinte eram interrompidas por mais garranchos com pensamentos soltos. 

“Quero que você me abrace e me toque,   quero que você me faça sentir seguro e pequeno,   feito o bebê que eu nego ser.   Quero que você me diga quando ninguém estiver vendo "Como está o meu garoto? Ele se comportou?"   Quero ter regras e ter que pedir autorização.   Quero ser disciplinado quando não faço o que você me mandar.” 

Percy teve que parar de folear o diário e olhar para Nico dormindo cama. 

Ele... porra! Ele queria fazer tudo isso, queria fazer todos os desejos de Nico se realizarem. E sabe por quê? Eram os mesmos que os seus. Cada palavra e confissão parecendo ser algo que ele faria se culpa não o tivesse impedido até aquele momento. Será que essas fantasias realmente eram de Nico. Ou será que era algo que Nico tinha escrito para se vingar dele? Ou, pior ainda, era o que ele tinha levado Nico a acreditar que ambos queriam? Mas, ao mesmo tempo, Percy conseguia reconhecer Nico em cada linha, seja desajeitada ou elegante, misturado a influência que ele tinha sobre Nico e outras coisas em que ele não esteve presente para moldá-lo. 

Sinceramente? Percy estava aliviado. Saber que Nico tinha tido outras experiencias e conhecidos outras pessoas e que mesmo depois de tudo isso ainda revolver voltar para ele, tirava mais uma parte do peso que ele nem sabia que levava. Entretanto, a questão importante era: Como ele poderia fazer... tudo isso sem passar dos limites? Como ele poderia se certificar que Nico não sairia disso o odiando de verdade? 

Ele... Percy precisava de ajuda. E de algumas coisas, também. Algo que fizesse Nico entender a seriedade da situação, do quanto ele desejava que Nico permanecesse seguro e feliz. Parece que esse era o momento de agir. 

------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Então, para os próximos meses pretendo terminar essa história. Eu estava pensando no que fazer. Será que eu devia entender um pouco as coisas e desenvolver bem a relação D/s deles ou dar uma resumida? Eu tenho o fim do enredo, agora só preciso escrever srsr Seria melhor algo até umas 100 mil palavras ou estender para além disso com uns 120 a 150 mil? Gostaria muito de saber sua opinião, já que são muitassss palavras.

Te vejo na semana que vem com uma surpresinha. Alguém consegue advinhar?

Logo retomaremos a versão em inglês.


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Person A: “How do you destroy a monster without becoming one?”

Person B: “Easy, you save it.”

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auroraescritora - Aurora Escritora
Aurora Escritora

Sejam bem-vindos! Olá, esse é meu blog pessoal. Escrevo fanfics Pernico/Nicercy e orginais, e reblogo alguns posts de vez em quando. História Atual Não há lugar como o Lar - versão em Portugues There's no Place like home - English version Resumo: Nico está voltando da Itália depois de passar dois anos por lá e encontra Percy, o melhor amigo que ele deixou para trás, mas que manteve contato nesse tempo afastado. O resto se desenvolve a partir desse reencontro. Se você quiser saber o que eu escrevo, siga a tag #my writing

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